Pirulito de Catapora

Prática considerada por médicos como irresponsável — e pela polícia como crime — tem chamado a atenção nos EUA: a compra e venda, pela Internet, de pirulitos contaminados com catapora. O objetivo de quem compra os doces lambidos por pessoas doentes e os entrega a seus filhos é fazer com que crianças saudáveis sejam infectadas pelo vírus da varicela ainda pequenas — quando os sintomas da doença seriam mais brandos.

“Essa prática era comum há décadas, quando ainda não existia vacina. Os pais levavam as crianças para ‘festas da catapora’, ou seja, colocavam seus filhos em contato com outros doentes. Mas, hoje, não há motivo para fazer isso”, afirma o presidente do Departamento Científico de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, Eitan Berezin.


Sem vacina na rede pública

O ideal, segundo Eitan, seria vacinar todas as crianças — principalmente as que vivem em comunidades e lugares mais aglomerados, com pouca higiene e piores condições de vida. O imunizante para a doença, no entanto, não está disponível na rede pública de saúde do Brasil. E cada dose custa de R$ 100 a R$ 200 na rede privada (são necessárias duas). O Ministério da Saúde admitiu que não há previsão para inclusão da vacina no esquema dos postos de saúde.

“O governo já mostrou avanços em relação ao calendário de vacinação infantil, mas ainda não oferece a catapora. Para algumas crianças, o risco é maior do que se imagina”, acredita Eitan. Para o médico, o procedimento feito pelos pais americanos é arriscado.

“Há uma falsa ideia de que a catapora é uma doença branda, mas ela pode até levar à morte. Uma das características são as inúmeras lesões pelo corpo. Esses machucados são porta de entrada para outras bactérias. Dependendo do microorganismo que entrar pela lesão, a criança pode ser internada e correr riscos maiores”


Inacreditável que no Século XXI ainda tenha gente fazendo isso. O site desses "doces" já não está mais aberto

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