Maldições em filmes


1. A Vida Imita A Arte?
O diretor Roman Polanski contou a históra de uma mulher grávida do capeta... E viu a própria esposa, também grávida, ter uma morte violenta.

O Bebê de Rosemary, de 1968, fala de uma recém-casada, grávida, que passa a suspeitar que seu marido, um ator ambicioso, a ofereceu para ser fecundada pelo demônio. Para isso, ele teria contado com a ajuda de seus novos vizinhos no assustador Edifício Dakota, em Nova York. A única pessoa que acredita em Rosemary, seu colega Hutch, morre com um misterioso coágulo cerebral.

O suspese causou história instantânea desde a estréia, em 12 de junho de 1968. Fãs descreviam, horrorizados, o "bebê demônio" da trama - sendo que ele nunca sequer é mostrado no filme. Um crítico diz que os vizinhos de Rosemary parecem "uma típica seita pequena e reclusa da Califórnia".

Por causa do tema "anticristão" do filme, o produtor William Castle começa a receber ameaças de morte. Em abril de 1969, Castle é internado em caráter emergencial, com falência renal. É o início da maldição. No hospital, testemunhas dizem tê-lo ouvido delirar e dizer: "Rosemary, pelo amor de Deus, solte esta faca!"

Coincidência macabra: no mesmo hospital estava Krzysztof Komeda, compositor da trilha sonora de O Bebê de Rosemary e grande amigo do diretor do filme, Roman Polanski, e da esposa dele, Sharon Tate. Assim com Hutch, o amigo de Rosemary, Komeda também morre por causa de um coágulo cerebral.



Em agosto, a coisa fica mais sangrenta. Sharon Tate é assassinada, a facadas, por quatro fanáticos de uma seita pequena e reclusa da Califórnia (já leu essa descrição em algum lugar?). Assim como Rosemary, Sharon estava grávida do primeiro filho. Mais quatro pessoas morrem de ataque, ocorrido na casa de Polanski. Na porta do localo, os criminosos escrevem "porco" com o sangue da vítimas.

O crime ganha os jornais e passa a ser conhecido como "Helter Skelter", o nome de uma música dos Beatles (a expressão significa "caos", "decadência"). Coincidência final: 11 anos depois, o Beatle John Lennon é assassinado na porta do prédio onde morava... O edifício Dakota, onde se passava O Bebê de Rosemary.



2. A Casa dos Espíritos
Em menos de seis anos, quatro atores da trilogia Poltergeist morreram - entre eles, a garotinha que via assombrações na TV.

Poltergeist - O Fenômeno, de 1982, contava a história de uma família assombrada por entidades sobrenaturais. A irmã mais velha, Dana era vivida por Dominique Dunne. Seu terror, porém, foi real: quando recusou reatar namoro com seu ex, o rapaz a estrangulou violentamente na garagem da casa dela. A atriz morreu logo depois do lançamento do filme.

Na sequência, de 1986, para continuar persegindo a família Freeling, as aparições sobrenaturais "recrutam" a ajuda do cruel reverendo Kane, vivido por Julian Beck. Assim como Dominique, o ator morreu pouco depois da estréia do longa - vítima de um câncer no estômago.

A maldição, porém, também atacou os personagens "bonzinhos" do enredo. Will Sampson, que interpretava um dos índios que ajudavam os Freelings a desvendar o mistério do além que os envolvia, morreu de falência renal em 1987.

E, para finalizar, a história mais triste: Heather O'Rourke, a menina que estrelou os três filmes, morreu nas gravações de Poltergeist 3. Ela já dava sinais de uma doença, erroneamente diagnosticada como mal de Crohn. Na verdade, era uma obstrução intestinal provocada por uma estenose congênita. Uma cirurgia de emergência para reverte o quadro causou choque séptico e tirou sua vida - aos 12 anos. A maldição pode ter explicação. Restos humanos reais teriam sido usado como objetos de cena em Poltergeist - e a própia trilogia alega que os espíritos ficam bravos quando você desrespeita seus restos mortais!



3. Podreira Radiativa
Quase metade da equipe de Sangue dos Bárbaros morreu de câncer.

John Wayne, ícone do faroeste americano, interpretando... Gêngis Khan? Isso não é a única coisa estranha (e quase inexplicável) po trás de Sangue de Bárbaros, bizarrice de 1956. Uma parcela enormede membros da equipe e do elenco foi diagnosticada com câncer. No início das filmagens, toda a equipe também quase morreu em uma enchente relâmpago.

Desta vez, a maldição tem explicação. O filme foi rodado no Snow Canyon, região próxima às planícies Yucca, onde, naquela época, o governo americano testou 11 bombas atômicas.

Sem que a equipe se desse conta, a radiação se espalhou pelas locações ao longo de 13 semanas. Depois, as filmagens coninuaram em Hollywood, mas o produtor exigiu que a terra de Snow Canyon (ainda contaminada) fosse levada para o estúdio.

Resultado: das 220 pessoas envolvidas com a realização da película, 91 tiveram câncer. Em circunstâncias normais, estima-se que esse número não deveria passar de 40.

46 dos diagnosticados morreram, incluindo Wayne, o diretor Dick Powell e os atores Susan Hayward e Pedro Armendáriz (este se suicidou quando soube que tinha doença).



4. Praga de Esquimó
Se algum dia alguém te oferecer um papel em Atuk, saia correndo!

Já ouviu falar da comédia Atuk, sobreum esquimó gordinho e atrapalhado? Não? É porque o filme nunca se concretizou. E por um motivo sinistro: todos os que aceitaram o papel-título morreram. O primeiro foi John Belushi (de Os Irmãos Cara-de-Pau) em 1982, de overdose.

Aí Sam Kinison (de De Volta às Aulas) foi contratado. Mas, depois de vários atrasos na produção, o humorista morreu em um acidente de carro, em 1992.

O filme não podia parar. John Candy (de Aluga-se para o Verão) foi chamado para substituir Sam. E, claro, oque aconteceu? Ele sofreu de um ataque do coração, em 1994.

O último ator engraçadinho (e obeso) a tentar desafiar a maldição de Atuk foi Chris Farley (de Um Ninja da Pesada). Uma overdose o matou eu 1997. Eu, hein!



5. Obra do Capeta
Quando se trata de azar sobrenatural nos bastidores, nenhum filme bate A Profecia de 1976, sobre a chegada de Anticristo.

Carregado de simbologa católica e famoso por divulgar o número 666 como a marca do Diabo, A Profecia retrata um embaixador americano que adota um bebê na Itália e, tempos depois, passa a suspeitar que a criança é o mal encarnado - o próprio flho de Satanás. Em inglês, o filmes se chama The Omem. Guarde bem este nome até o final desta descrição.

Antes mesmo de começar as filmagens, o roteirista Bob Munger já tinha suas apreensões. "Eu avisei o produtor: 'Se você fizer este filme, terá problemas. Se a grande arma do Diabo é ser invisível, ele não vai deixar que você o torne visível para milhares de pessoas'", disse Munger, anos depois, no documentário The Curse of The Omen ("A Maldição de A Profecia").

Aos poucos, o produtor Harvey Bernhard começou a acreditar. No set, ele só andava com um crucifixo no pescoço. "O capeta estava à solta e não queria que o filme fosse feito", afirmou, também no mesmo documentário. "Estávamos lidando com elementos ocultos, que não conhecíamos, e as coisas foram ficando cada vez piores".

Tudo começou antes mesmo das gravações. Pouco depois de o ator americano Gregory Peck aceitar o papel do "pai do Anticristo", seu filho na vida real se matou com um tiro na cabeça. Ainda de luto, Peck pegou um voo para as filmagens na Inglaterra... e seu avião foi atingido por um raio.

Incrivelmente, outro voo, o do produto Mace Neufeld, também foi atingido por um raio. "Foram os cinco minutos mais assustadores que já passe numa aeronave", diz Neufeld. Coincidência? Outro avião, que seria alugado para levar os técnicos, foi emprestado a outro cliente - e despencou minutos após a decolagem, matando todos abordo.



O hotel onde estava o diretor Richard Donner sofreu um atentado à bomba do IRÃ, um grupo terrorista irlandês. O cineasta também escapou por pouco de um atropelameto. Houve ainda, outro atentado do IRÃ a um restaurante onde a equipe iria jantar em 12 de novembro de 1975. Srte que ninguém havia chegado ao local.

Outros membros da equipe técnica sofreram um acidente de carro, mas sobreviveram sem grandes machucados. Um dublê teve de ser internado após ser atacado por um dos cães rottweilers do longa, que normalmente eram bem comportados. Já outro membro da equipe morreu ao ser atacado por um tigre!

A história mais assustadora, porém aconteceu após o lançamento (e estrondoso sucesso) do filme. O designer de efeitos especiais John Richardson sofreu um grave acidente em uma estrada da Holanda. Sua acompanhante, Liz Moore, morreu na hora, decapitada de maneira similar a uma das mortes que Richardson criara para A Profecia. Quando ele saiu do carro, ele viu uma placa que indicava a cidade de Ommen... a 66,6 km! Lembra-se do nome do filme em inglês?



6. Nem Com Reza Brava
Não, a menina de O Exorcista não morreu. Mas o que não faltou foram eventos funestos em torno do filme.

O Exorcista, dirigido por William Friedkin e 1973, conta a história de uma garota possuída pelo demônio. Para o bem ou para o mal, o papel marcou Linda Blair, aos 18, foi presa por porte de drogas. Depois, se disse tão traumatizada pela experiência do filme que jurou jamais ter filhos.

De fato, o clima no set era pesado. Em pouco tempo, começaram as vítimas. O ator Jack Mac Gowran, que interpetava a primeira pessoa a bater as botas no filme, morreu de pneumonia apenas uma semanas após terminar as gravações.

A atriz Ellen Burstyn, que fazia a mãe da protagonista, se machucou feio na cena em que sua filhinha a arremessava longe. O acidente, causado pela força exagerada de um dos técnicos no set, lhe rendeu uma lesão na base da coluna - e provocou um grito de dor que gelou o sangue dos colegas.

A equipe também sofreu diabos. A esposa de um câmera perdeu o bebê. Um vigia noturno do estúdio foi morto a tiros. O responsável pela refrigeração do set teve uma morte inexplicável. Um carpinteiro decepou o próprio polegar e outro arrancou o dedão do pé.

Por causa do tema e das cenas explícitas, o longa causou furor. Nos EUA, as sessões geravam histórias coletiva, desmaios e vômitos. Na Itália, uma igreja do século 16, vizinha a um cinema que exibia o filme, foi atingida por um raio, que destruiu sua cruz.

O sucesso, claro, rendeu continuações - e mais polêmicas. Um dos maiores "fãs" foi o serial killer Jeffrey Dahmer, que assistia O Exorcista 3 vezes antes de matar suas vítimas. Aliás, o filme passava em sua TV quando ele foi preso.



7. Erro(s) Macabro(s)
A morte misteriosa de Brandon Lee nas filmagens de O Corvo foi só ao auge numa série de zicas.

Durante a produção da adaptação da HQ O Corvo, em 1993, um técnico teve queimaduras pelo corpo quando o guindaste em que trabalhava entrou em contato com linhas de alta-tensão. Outro teve a mão perfurada por uma chave de fenda.

Um ex-funcionário irritado, invadiu o estúdio com seu automóvel, destruindo parte do cenário e dos objetos de cena. Para piorar, outra parcela dos equipamentos foi destruída em um incêncio sem explicações.

No filme, o ator Brandon Lee interpretava um jovem que voltava do além depois de ser assassinado no dia do seu casamento. Lee pretendia se casar com sua namorada na vida real, Eliza Hutton, assim que as filmagens acabassem.

Mas, assim como seu personagem, ele teve um fim prematuro: na gravação da cena de sua morte, Brandon Lee levou um tiro de verdade. O diretor gritou "corta!" e o ator, tombado, não se levantou. Quando viram seu corpo, havia no abdômen um buraco do tamanho de uma moeda.

Investigações posteriores tentaram jogar luz sobre a tragédia. No cano da pistola usada, uma Magnum .44, havia um fragmento de um cartucho usado anteriormente, e que sendo impulsionado pelo tiro de festim.
A curta distância, ele acabou sendo fatal.

A indenização para a família do astro garantiu que o rolo de filme onde sua morte foi registrada fosse destruído. O Corvo teve três continuações (sempre com atores diferentes) e uma série de TV... na qual um dublê morreu numa explosão acidental!



Se algum dia eu pensar em criar um filme, vai ter um enredo bem bonzinho e bonitinho hein !


                              Guilherme F.

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